quinta-feira, 17 de junho de 2010

NASA cria sistema de previsão de tsunamis

Uma equipe de cientistas da NASA demonstrou com sucesso pela primeira vez os elementos de um sistema de previsão de tsunamis.

O sistema experimental, em escala de protótipo, avalia com rapidez e precisão os grandes terremotos e estima o tamanho das tsunamis geradas por eles.

Dados de GPS 

Após o terremoto de magnitude 8,8, que atingiu o Chile em 27 de fevereiro, uma equipe liderada por Tony Song, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, usou os dados, em tempo real, gerados pela rede GPS Diferencial Global (GDGPS), para prever o tamanho da tsunami resultante.

Essa rede combina dados global e regionais em tempo real, gerados a partir de centenas de pontos geográficos monitorados por GPS, e calcula sua posição a cada segundo. O sistema consegue detectar movimentos de terra com precisão de alguns centímetros.

"Este teste bem-sucedido demonstra que os sistemas costeiros de GPS podem efetivamente ser utilizados para prever o tamanho de tsunamis," afirma Song. "Isso vai permitir que as agências responsáveis emitam avisos que podem salvar vidas e reduzam os falsos alarmes, que podem perturbar desnecessariamente a vida das populações costeiras." 

Previsão de tsunami 

O sistema previu que o terremoto do Chile, o quinto maior já registrado por instrumentos na história, geraria uma tsunami moderada, de alcance local, com pouca probabilidade de causar destruição significativa no Pacífico.

De fato, o efeito da tsunami foi relativamente pequena fora do Chile, embora tenha causado a maior parte das fatalidades naquele país.

A previsão baseada em GPS foi posteriormente confirmada por meio de medidas da altura da superfície do mar, feitas pelos satélites de altimetria Jason-1 e Jason-2. 

Modelo de tsunami 

Os sistemas de alerta de tsunamis atuais dependem de estimativas da localização do epicentro do terremoto, da sua profundidade e da sua magnitude, para determinar se pode surgir uma grande tsunami.

No entanto, a história tem mostrado que magnitude do terremoto não é um indicador confiável do tamanho da tsunami. Os modelos anteriores assumiam que a potência de uma tsunami é determinada por quanto o fundo do mar é deslocado verticalmente.

A teoria de Song propõe que os movimentos horizontais de uma falha continental também contribuem para alimentar a tsunami, transferindo energia cinética para o oceano.

(Fonte: Inovação Tecnológica - 17/06/2010).

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