LONDRES - Um time de cientistas, liderados pelo professor Andrew C. Scott, da Universidade de Londres, revelou que nem um cometa nem uma catástrofe foram responsáveis pela mudança abrupta no clima da Terra, conhecida como Dryas Recente, há cerca de 12.900 anos.
Teorias sobre as consequências dos impactos na superfície terrestre e sua ligação com a extinção de animais e mudanças no clima estão recebendo cada vez mais atenção. Mesmo com novas evidências que colocam as teorias em xeque, a maioria das pessoas acredita na ideia de que mega extinções, incluindo a dos mamutes, e mudanças abruptas no clima foram causados pela colisão de cometas.
Um aspecto chave das teorias de impacto são pequenas esferas (esférulas) formadas nas colisões, que teriam ter causado incêndios devastadores. Muitos cientistas usam estas esférulas para comprovar as colisões. Porém, o novo estudo mostra que as esférulas em questão já existiam milhares de anos antes do início do Dryas Recente e seriam bolas fossilizadas de fungos, carvão e outros materiais orgânicos, sugerindo que elas não teriam relação com nenhum impacto.
Foram analisadas amostras sedimentares retiradas do Arquipélago Channel, na Califórnia, e de outros locais que continham estas esférulas antes, durante e após o Dryas Recente.
O mais importante é que conseguimos demonstrar que estas esferas orgânicas eram facilmente encontradas em sedimentos antigos e modernos, e não estava restritos a uma camada particular - disse Scott.O estudo pode ser lido na íntegra na revista "Geophysical Research Letters".
(Fonte: O Globo Online - 17/06/2010).
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