O sismólogo russo Oleg Martynov, que previu com exatidão o sismo que afetou o norte de Itália segunda-feira, garantiu que prevê terremotos com um mínimo de 24 horas de antecedência quando dispõe dos meios necessários.
Os responsáveis municipais de Asti, no norte de Itália, quiseram conhecer o cientista que no ano passado anunciou o movimento telúrico experimentado agora nas regiões setentrionais de Piemonte e Lombardia.
Professor na Universidade de Tula, Martynov tinha publicado em Setembro de 1999, no diário moscovita Pravda, predições que incluíam o sismo ocorrido em Itália no passado dia 21, apesar de ninguém ter acreditado.
O terremoto, que alcançou a magnitude de 4,7 graus na escala de Richter, algo inédito no norte de Itália, foi sentido nas cidades de Turim e Milão, embora não tenha causado danos pessoais ou materiais.
O cientista pediu agora às autoridades italianas que acreditem nas suas previsões e solicitou ajuda para poder continuar as suas investigações, calculando a data e local de novos sismos.
Não quero ser alarmista mas a actividade sísmica na Itália está a intensificar-se e o que aconteceu recentemente não foi mais do que um pequeno movimento de ajuste tectónico. O pior está para vir, disse.
No entanto, o director do Instituto Nacional de Geofísica de Roma, Enzo Boschi, recusou encontrar-se com o russo, que considerou um charlatão.
Martynov, 65 anos, antigo colaborador do exército e dos serviços secretos soviéticos, defende-se de tais acusações e insiste que precisa de ajuda para realizar as suas investigações.
Este profeta sísmico assegura ter antecipado, entre outros, o terremoto que causou 25 mil mortos na Arménia em 1988, embora não tenha sido levado a sério nessa altura.
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