sábado, 28 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
A ciência e as religiões
Folha de SP, 22/2
Forçar a rigidez é condenar a congregação a viver no passado
Marcelo Gleiser é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Artigo publicado na “Folha de SP”:
Como escrevi em colunas recentes, neste ano celebramos dois grandes aniversários. O primeiro, o bicentenário do nascimento de Charles Darwin e o sesquicentenário da publicação de seu revolucionário "A Origem das Espécies". O segundo, os quatrocentos anos da publicação do livro "Astronomia Nova", em que Johannes Kepler mostrou que a órbita de Marte é elíptica, inferindo que todas as outras seriam também.
No mesmo ano, 1609, Galileu Galilei apontou o seu telescópio para os céus mudando a astronomia para sempre.
Em ambos os casos, as descobertas científicas criaram sérios atritos com as autoridades religiosas. Atritos que, infelizmente, sobrevivem de alguma forma até hoje, principalmente com as religiões monoteístas que dominam o mundo ocidental e o Oriente Médio: judaísmo, cristianismo e islamismo. O momento é oportuno para iniciarmos uma reavaliação das suas causas e apontar, talvez, resoluções.
Simplificando, pois temos apenas algumas linhas, o problema maior não começa no embate entre a ciência e a religião. Começa no embate entre as religiões. Existe uma polarização cada vez maior já dentro das religiões entre correntes mais ortodoxas e aquelas mais liberais. As diferenças são enormes. Por exemplo, no caso do judaísmo, podemos hoje encontrar rabinas liderando congregações, algo que enfureceria ao meu avô e a seus amigos.
Nos EUA, algumas correntes protestantes, como os episcopélicos, têm pastores e bispos abertamente homossexuais. Nessas correntes mais liberais dentre as religiões se vê também uma relação completamente diferente com a ciência.
Em vez do radicalismo imposto por uma interpretação liberal da Bíblia, as correntes mais liberais tendem a ver o texto bíblico de forma simbólica, como uma representação metafórica de acontecimentos e fatos passados com o intuito -dentre outros- de fornecer uma orientação moral para a população. (A questão da necessidade de um código moral de origem religiosa deixo para outro dia.)
Escuto pastores e rabinos afirmarem regularmente que é absurdo insistir que a Terra tenha menos de 10 mil anos ou que Adão e Eva surgiram da terra. Para um número cada vez maior de congregações, é fútil fechar os olhos para os avanços da ciência.
Para eles, a preservação dos valores religiosos, da coesão de suas congregações depende de uma modernização de suas posições de modo que possam refletir o mundo em que vivemos hoje e não aquele em que pessoas viviam há dois mil anos.
O mundo mudou, a sociedade mudou, a religião também deve mudar. Insistir na rigidez da ortodoxia é condenar a congregação a viver no passado, numa realidade incompatível com a sociedade moderna. Se o pastor ou rabino ortodoxo tem câncer e recebe terapia de radiação, ele deve saber que é essa mesma radiação que permite a datação de fósseis com centenas de milhões de anos. É hipocrisia aceitar a cura da radiação nuclear e ainda assim negar os seus outros usos.
Fechar os olhos para os avanços da ciência é escolher um retorno ao obscurantismo medieval, quando homens viviam suas vidas assombrados por espíritos e demônios, subjugados pelo medo a aceitar a proteção de Deus. A escolha por uma devoção religiosa -se é essa a sua escolha- não deveria ser produto do medo.
No fim de semana passado, a catedral de São Paulo em Melbourne, Austrália, ofereceu um simpósio sobre Darwin. Nos EUA, outro simpósio reuniu cerca de 800 pastores e rabinos para discutir modos de reconciliação entre ciência e religião. Parece que finalmente um novo diálogo está começando. Já era tempo.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Tsunami museum opens in Indonesia
By Lucy Williamson
BBC News, Aceh
The museum is open but the exhibits have yet to go in
A museum commemorating the victims of the 2004 Asian tsunami has opened in the Indonesian province of Aceh.
It has been designed as a symbolic reminder of the disaster, as well as an educational centre.
It will also serve as an emergency disaster shelter in case the area is ever hit by a tsunami again.
Aceh was home to more than half the 240,000 people who died in the disaster. The outpouring of aid which followed was the largest in history.
Almost all that aid money has now been spent - gone to pay for more than 130,000 houses and thousands of kilometres of road, as well as bridges, schools, and other infrastructure.
But this new museum building, paid for by Aceh's Reconstruction Fund, breaks with the tradition of post-disaster construction.
Final contribution
Deeply original and heavy with symbolism, it stands out like a beacon in the provincial capital.
It is four storeys high, and built in the shape of a ship; its long curving walls covered in geometric Islamic reliefs.
From above, the roof resembles a tidal wave. And the ground floor is modelled on the kind of traditional raised Acehnese houses that were best equipped to survive the tsunami.
Inside, visitors enter through a dark, narrow corridor between two high walls of water - meant to recreate the noise and panic of the tsunami itself.
It might now be open, but it is still largely empty. The exhibits have not gone in yet. And that has not helped everyone here swallow the cost of it - $6.7m (£4.6m) already.
The man behind the original idea for the museum, Eddy Purwanto, admits a project this ambitious - and this expensive - could never have gone ahead while the majority of tsunami victims were still homeless.
But now the Reconstruction Agency is about to wrap up its work, he says it is what people wanted.
After all the regulation, post-disaster housing, and kilometre after kilometre of road, this is its final, dramatic contribution.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Concurso! A UnB abre SEIS vagas para Professor em Geofísica.....
Geofísica - Métodos Elétricos e Eletromagnéticos Aéreos
Geofísica - subárea de Estudos de Reservatórios e Análise de Bacias
Geofísica - subárea estudos ambientais, geotécnicos e de água subterrânea
Geofísica - Métodos de Exploração de Petróleo.
Geofísica Marinha
Mais informações http://www.cespe.unb.br/concursos/
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Bianchi no SIS
Marcelo em sua sala
Bianchi, Kate e Cristiano
Conselho da UnB aprova curso de Geofísica
> Leia mais em www.secom.unb.br, UnB Agência.
6.2 Próxima a costa norte do Peru
FONTE:USGS
Magnitude 6.2
Dia e hora: 15 Feb 2009 10:04:51 UTC
Localização 5.835S 80.880W
Profundidade35 km
Distancias 71 km SSW de Piura, Peru
161 km NW de Chiclayo, Peru
Dados da estação RCBR (Riachuelo, Brasil)
último registro as 11:18 GMT
fonte:liss/usgs
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Defesa de Mestrado - UFRN
Dia 06/03/2009
Estudo da atividade sísmica em São Caetano, Pernambuco
Orientação do Prof. Joaquim Ferreira
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
A terra treme na América do Sul essa semana
4.8 2009/02/08 20:49:25 -2.494 -78.986 88.5 ECUADOR
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Represa pode ter causado tremor de 2008 na China
Jornal da Ciência (SPBC) --> http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61548
Folha SP 06/01/2009 [Scientist says dam may have triggered China quake(The Associated Press) Though earthquakes are not rare in the area, one of such magnitude had not occurred for thousands of years, Fan said. "I'm not saying the earthquake would ...See all stories on this topic ]
Peso da água em reservatório seria o gatilho do terremoto, que matou 80 mil. Governo chinês afirma que desastre foi natural; no passado, grupos de pesquisa já relataram vários sismos deflagrados por barragens.
O devastador terremoto de maio passado em Sichuan, na China, que matou aproximadamente 80 mil pessoas, pode ter sido causado por uma obra humana. Mais precisamente pela construção da represa de Zipingpu, na Província afetada.
O debate entre cientistas e governantes chineses vem desde dezembro, mas correu o mundo na última semana após reportagem publicada pela revista científica "Science".
Fan Xiao, engenheiro-chefe do Serviço de Mineração e Geologia de Sichuan, defende que as 315 milhões de toneladas de água que foram represadas interferem na atividade sísmica da região, que já é grande.
A represa, de 156 metros de altura, está localizada a 550 metros da falha geológica que causou o fenômeno. O epicentro do terremoto estava a 5,5 quilômetros da construção."Não estou dizendo que o terremoto não teria ocorrido se não fosse a represa, mas a presença da pesada obra pode ter alterado o tamanho ou o tempo do terremoto, criando então um tremor muito mais violento", disse Fan. Para ele, dados sobre o problema estão sendo retidos pela Academia Chinesa de Ciências, que é do governo.
O pesquisador chinês é apenas uma das vozes que surgiram para relacionar o terremoto -além das mortes, 5 milhões de pessoas ficaram desabrigadas com o sismo de 7,9 graus na escala Richter- com a construção da represa. Mas ninguém ainda é capaz de afirmar se a real causa do tremor é a obra.
O governo chinês afirma que o terremoto em Sichuan é fruto de um inevitável desastre natural. A construção das grandes barragens, com o objetivo de aumentar a geração de energia e diminuir as inundações em várias áreas do país, continuará a ser patrocinada."É ridículo dizer que o terremoto tenha sido causado pela represa", disse o geofísico Lei Xinglin, do Departamento de Administração de Terremotos do governo da China. "Nós precisamos de pesquisas mais cuidadosas sobre esse tópico em vez de pularmos direto para as conclusões", disse Xinglin.
Não é a primeira vez que uma represa pode ter funcionado como o gatilho para um evento sísmico. Geólogos registram pelo menos uma dúzia de terremotos que teriam sido causados pela construção de represas. O maior desses eventos ocorreu em 1967 na Índia.O peso da água da represa de Koyna gerou um terremoto de 6,3 graus de magnitude. Na época, 200 pessoas morreram. Todos os outros sismos tiveram entre 3 e 6 graus na escala Richter. O do ano passado na China, portanto, seria o maior.
Cunha gigante
Uma das explicações técnicas para a relação entre represa e terremoto é que a água retida pela parede na barragem funciona como uma enorme e pesada cunha. Ao entrar na falha geológica, a água empurraria as paredes da fratura, fazendo com que ocorresse a liberação de energia.
O ponto mais crucial para que o gatilho seja disparado é quando a água desce rapidamente, depois de o reservatório atingir seu ponto máximo.
Em Sichuan, as águas começaram a subir em dezembro de 2004. Em dois anos, o nível do reservatório já estava em 120 metros de altura. Uma semana antes do fatídico 12 maio de 2008, a represa foi esvaziada por seus operadores "muito mais rápido do que todas as outras vezes", diz Fan.
Apesar de o governo chinês continuar irredutível, e de outros cientistas espalhados pelo mundo pedirem mais pesquisas, Fan diz estar convencido do problema. Ele afirma que vai continuar reclamando. Principalmente em relação a outras duas represas que serão construídas na região.
Represa chinesa pode ter estimulado terremoto, diz cientista.
Estadão - Especialistas em terremotos reconhecem que grandes massas de água podem exercer pressão sobre falhas geológicas nas profundezas da Terra, levando a tremores ...
Great China earthquake may have been man-made
Scientific American - There is precedent for dam-related quakes, Science notes. A magnitude-6.3 quake in India in 1967 that killed 200 people was caused by impoundment behind the ...
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
UnB é a 403ª melhor universidade em ranking de acessos à produção científica (se não existisse a prestação de serviço)
A metodologia do ranking considera as análises quantitativas de conteúdos disponibilizados na web, especialmente aqueles relacionados a processos de geração e comunicação acadêmica de conhecimento científico, avaliando as atividades científicas, o desempenho e o impacto.
A USP também aumentou em dez a sua posição entre os 300 repositórios pesquisados no mundo. Nesta segunda edição, o Ranking Web of World Repositories coloca a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade na 76ª posição.
Ambas as pesquisas, que são uma iniciativa do Cybermetrics Lab, grupo de pesquisa pertencente ao Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), órgão espanhol de pesquisa pública, são divulgadas duas vezes por ano, em julho e em janeiro. Mais de 16 mil instituições de ensino superior pelo mundo foram analisadas.
Mais informações podem ser obtidas em http://www.webometrics.info e http://repositories.webometrics.info
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Seminário QUINTA 05/02
"Variações da estrutura da crosta, litosfera e manto para a
plataforma Sul Americana através de funções do receptor para ondas P e S"
Apresentada pelo Dr. Marcelo Bianchi
Doutorado concluído no Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo
Data: 05/fevereio/2009 - Quinta-feira
Horário: 17:00
Local: Auditório do Instituto de Geociências-UnB
Contamos com a presença de todos!!!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Doutorado na Espanha
Se alguem está interessado ou conhece alguem que poderia se interessar em fazer um doutorado em Barcelona. A area é relacionada com a petrologia física de minerais e geodinâmica para restringir a estrutura termal/composicional do manto superior, no grupo de "Geodinamica de la litosfera" do CSIC (Institut Jaume Almera, em Barcelona).
Para mais informação podem entrar em contato com o Martin Schimmel (schimmel@ija.csic.es). Os interessados em partcipar do processo seletivo podem enviar os CVs, acompanhados de uma breve carta de apresentação, ao Martin. Ele não será o orientador da tese, mas está encarregado de captar gente interessada no assunto.
Fonte: Paula Brito Schimmel
PS: Obrigado Marcelo Rocha pela correção e pelo e-mail!!