Os sismógrafos do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília registraram, às 17h00 (Hora de Brasília e 16h00 hora local), um terremoto moderado que teve epicentro no norte do Peru, a 205 km oeste de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre. Sua localização foi na latitude 7,545°S e longitude 74,471°W, com profundidade de 154 km. O terremoto teve uma magnitude de 6,3 na Escala Richter e foi sentido por moradores dos de Rio Branco e por moradores dos andares superiores de edifícios altos na cidade de Porto Velho, Rondônia.
Os Terremotos que aconteceu no Estado do Acre são resultante do mergulho da placa de Nacza sob a placa sul-americana. Essa é a região do Pais que sente terremotos devido a colisões dos limites entre placas e por está nos andes Peruanos, são chamados de andinos
Esta não é a primeira vez que terremotos andinos podem ser sentidos até no Raio de 1500 km dependendo dos aspectos geológico e urbano. Por exemplo, no norte do Chile, em 13/06/2005, de magnitude 7,9 MW, foi sentido no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Distrito Federal. Esses terremotos se fazem sentir a longa distância, primeiro, devido ao seu grande tamanho (magnitudes acima de 7,0) e, segundo, porque as ondas sísmicas geradas a longas distâncias, ao atingirem a superfície do terreno, fazem com que este oscile e, com ele, tudo o que está por cima. Normalmente são sentidos pelas pessoas que se encontram nos andares superiores de edifícios altos.
Entretanto, esses terremotos dos países andinos têm sido percebidos no Brasil com intensidade II a III na Escala de Mercalli Modificada (MM).
(II. Sentido por pessoas em repouso ou em andares superiores de prédios altos. III. Vibração leve; objetos pendurados balançam).
O sismo foi registrado pelas estação JAN7 (Itacarambi/MG), FOR1(Fortaleza-CE), BDFB (Brasília-DF), PDRB (Porto Gaúchos-MT), pertencente à Rede Sismográfica Nacional do Observatório Sismológico da UnB.
A figura acima mostra o respectivo registro das formas de ondas desse tremor na estação FOR1.
Brasília, 18 de agosto de 2008.
Equipe Responsável:
Diogo F. Albuquerque
Kate T. de Sousa
Chefe do Observatório Sismológico da UnB
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