quinta-feira, 27 de março de 2008

San Francisco: tremor devastador é iminente, diz estudo

Fonte:Terra

A baía de San Francisco pode ser atingida a qualquer momento por um enorme terremoto que seria ainda mais devastador que o furacão "Katrina" e, segundo os cientistas, seus habitantes não estão nem um pouco preparados para isso.

Esta é a conclusão de um recente estudo que amplia as previsões anteriores e indica que um tremor de magnitude 7 na falha de Hayward deixaria danos no valor de US$ 165 bilhões e prejuízos econômicos de mais de US$ 1,5 trilhão.

Isso sem contar com as mortes que poderia causar e supondo que não ocorram incêndios após o abalo, como aconteceu após o grande terremoto de 1906 (devido à falha de San Andreas), quando o fogo reduziu a cinzas bairros inteiros da cidade da ponte de Golden Gate.

A falha de Hayward atravessa a margem direita da baía de San Francisco e, ao longo dela, foram registrados grandes terremotos mais ou menos a cada 140 anos.

No dia 21 de outubro se completa o 140º aniversário do último grande tremor, que matou 30 pessoas e deixou danos materiais estimados, na época, em US$ 350 mil.

"Não podemos saber quando ocorrerá exatamente o próximo grande terremoto, mas é certo que vai acontecer", disse David Schwartz, cientista do Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, pela sigla em inglês).

"Poderia ocorrer a qualquer momento", assinalou Schwartz, que acrescentou que, no entanto, apesar da falta de segurança, as pessoas não se preocupam muito porque estão preparadas.

Segundo este especialista, as agências governamentais e empresas responsáveis de infra-estruturas já estão reconhecendo o problema e tomando medidas, mas nem as lojas nem os proprietários estão fazendo alguma coisa para preparar suas casas para um grande tremor.

O estudo, do qual participou a USGS, estima que o valor dos danos em edifícios superaria os US$ 141 milhões do furacão "Katrina", com a diferença de que entre 30% e 40% das perdas econômicas em Nova Orleans estavam cobertas por seguros.

Na área da baía de San Francisco, só entre 10% e 15% dos prédios comerciais, por exemplo, contam com seguro contra terremotos e isso porque se trata de uma zona de alta atividade sísmica.

Só na semana passada foram detectados quase 200 tremores na zona, mas todos de magnitude inferior aos 3,5 graus na escala Richter.

O último terremoto de grande amplitude na região, com 5,6 graus na escala Richter, foi registrado em 30 de outubro. A terra tremeu durante um longo minuto, mas, felizmente, não houve feridos ou danos materiais notáveis.

Assim como ocorreu após o furacão "Katrina", as famílias mais pobres seriam as mais afetadas após um grande terremoto, pois não costumam ter seguros nem contam com fundos para preparar suas casas e melhorar sua resistência aos tremores.

Um terremoto provocaria também enormes danos às infra-estruturas da região e poderia interromper o fornecimento de serviços básicos.

Segundo o Instituto para a Pesquisa de Engenharia de Terremotos (EERI), os aeroportos de San Francisco e Oakland, assim como os portos da zona, são construídos com materiais bastante suscetíveis a sofrer danos em caso de tremor.

Seu fechamento colocaria em risco o fornecimento de produtos básicos a uma área onde vivem 2,4 milhões de pessoas.

O EERI acrescenta que tanto a ponte da baía, que liga San Francisco a cidades como Oakland e Berkeley, como o sistema de transporte suburbano BART precisam de trabalhos de atualização para evitar que sejam derrubados após um movimento sísmico.

Cerca de 180 mil pessoas passam pela ponte diariamente e o sistema de transporte BART e seu fechamento obrigaria a adotar rotas alternativas e a sofrer horas de engarrafamentos durante meses.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Magnitude 6.1 - TARAPACA, CHILE


Alguém sentiu em Sampa ou em prédios altos no Brasil?

Magnitude6.1
Horário
  • 24 de Março de 2008 às 20:39:07 UTC
Localização20.035°S, 68.792°W
Profundidade
119.6 km
Distancia145 km E de Iquique, Chile
235 km SE de Arica, Chile

Dados da estação RCBR (Riachuelo, Brasil)

último registro as 22:23 24/03 GMT)

domingo, 23 de março de 2008

Terremoto de 7,3 graus afeta 44 mil pessoas no noroeste chinês


Fonte: Folha


Cerca de 44 mil pessoas foram afetadas após o terremoto da sexta-feira de 7,3 graus na escala Richter e suas réplicas na região uigur de Xinjiang (noroeste), sem que se produzissem vítimas mortais, informou hoje a agência oficial chinesa Xinhua.
Cerca de 2.200 casas sofreram afetadas ou ficaram totalmente destruídas nos condados de Yutian, Qira e Lop, na Prefeitura sulina de Hotan, disse neste sábado um porta-voz do Departamento Regional de Assuntos Civis.
Centenas de refúgios para o gado e estufas ficaram destruídos, e as perdas econômicas diretas são estimadas em cerca de US$ 1,4 milhão, acrescentou.


Horário 20 de Março às 22:33:00 UTC
Localização 35.445°N, 81.392°E
Profundidade22.9 km
RegiãoFronteira XINJIANG-XIZANG
Distancia 225 km SE of Hotan, Xinjiang, China
375 km ENE of Leh, Kashmir, China


quinta-feira, 20 de março de 2008

A terra volta a tremer na região de Itacarambi-MG

De acordo com o chefe do IBAMA do Parque Cavernas do Peruaçu/MG, Evandro Pereira da Silva. Ontem, (dia 19/03/2008) por volta das 19:00hs, a comunidade de Araçá (Januária), sentiu um Abalo Sísmico, com os seguintes comportamentos da comunidade:
1. Conforme relato a intensidade está entre o abalo de Maio/2008 e o de Dezembro/2008;
2. Os moradores sairam de suas casas assustados;
3. Muitas pessoas sentiram o abalo sísmico;
4. Apresentou rachaduras nas estruturas das casas;
5. Não houve relato de acidente com moradores.

Magnitude preliminar 4.0

Registro pela estação BDFB, PS07 - Observatório Sismológico www.unb.br

segunda-feira, 10 de março de 2008

Pontos da Estações da Rede de Estudos Tectônicos




Após cinco dias de campo, Eu e Prof. José Eduardo Soares escolhemos 4 pontos e 1 ponto ainda para confirmar. Vou muito bom viajar. Aa Toyota trouxe muita emoção, mas no final tudo correu bem. E agradeçemos de ante-mão os Srs José Henrique, Vanderlei, Jarbas e Dr. Lazaro pelo apoio a ciência.



Os pontos escolhidos ficam sul de Tocantins e norte de Góias. Já Já eu coloco o mapa

Veja mais foto clicando na imagem





http://picasaweb.google.com.br/georgefranca/Pontos_da_estaEs

domingo, 9 de março de 2008

Magnitude 4.8 - CENTRAL DO OCEANO ATLÂNTICO



Horário 09 de março de 2008 as 17:17:24 UTC
Location 0.705°N, 29.896°W
Distancias575 km NNE de Fernando de Noronha, Pernambuco, Brasil
930 km NE de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil

Dados da estação RCBR (Riachuelo, Brazil)
último registro as 00:22 do dia 10/03/08 GMT

Placas Tectônicas - Limites Divergentes, convergentes e falhas transformantes

Fonte: www.formacao.es-loule.edu.pt

sábado, 8 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher

Sismológas Brasileiras - Homenagem a Elas


Profa. Dra. Tereza Higashi Yamabe
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Presidente Prudente/SP - Especialista em Geotermia e Sismicidade Induzida. Cursos e estágios no Japão e Bélgica sobre Energia Geotermal (1986); Sismos Vulcânicos (2003); Variações térmicas e hidrológicas relacionadas com atividades tectônicas (1995).

Msc. Célia Fernanes
Técnica em Sismologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo.

Sra. Cleusa Barbosa
Trabalha também com Sismologia na Universidade de São Paulo.

Mestranda Maria Fernanda
Geóloga e está atualmente concluindo o seu mestrado na UFRN


Para Finalizar deixo um excelente texto escrito pela Prof. Dr. Teresa Publicada no dia 29/12/04 no jornal O Imparcial, de Presidente Prudente(http://www.sinomar.com.br/nt_291204.asp)


TERREMOTOS E TSUNAMIS, POR QUE OCORREM?

Profa. Dra. Tereza Higashi Yamabe


O que são terremotos?

Terremotos ou abalos sísmicos ou tremores de terra, são termos utilizados para identificar um evento sísmico, conforme o seu "tamanho". Desta forma, o termo terremoto é reservado para eventos grandes, geralmente aqueles com perdas humanas e grandes estragos.

Terremotos são ocorrências de falhas ou fraturas na rocha; ou seja, a rocha trinca, com ou sem deslocamento relativo entre os blocos. Portanto, independente do tamanho dos sismos, a ocorrência de um terremoto não significa que houve uma explosão no interior da Terra, e sim, uma rachadura na rocha. A extensão dessa rachadura, pequena ou grande, é que define se o sismo é apenas um tremor de terra ou um terremoto.

A fratura ou falha acontece porque a força de resistência da rocha se torna menor do que a força que é nela aplicada. A força pode ter sido aplicada na rocha durante um intervalo de tempo que pode ser até de milhões de anos. Quando então a rocha “não suporta mais” ela se quebra, liberando instantaneamente toda a energia nela acumulada. A energia liberada transforma-se em ondas elásticas (1) que se propagam em todas as direções, como as ondas que se formam na superfície da água em uma bacia, quando nela cai um pingo. Quando essas ondas sísmicas atingem a superfície terrestre, elas são percebidas pelas pessoas na forma de um tremor. Elas também caminham para o interior da Terra e podem até atravessá-la toda e atingir a superfície do outro lado, muito longe de onde foram geradas. Quando atingem a superfície da Terra podem ser registradas pelas estações sismográficas, instaladas pelo mundo afora.

A partir desses registros é possível obter informações sobre a estrutura terrestre abaixo da superfície. Por isso é que se diz que o registro das ondas sísmicas é como uma radiografia do interior da Terra. Desta forma, as informações tais como densidade e espessura das diferentes camadas de rocha, que compõem o Planeta Terra, têm sido obtidas a partir dos estudos sismológicos.

O tamanho ou magnitude de um sismo é a medida da energia liberada e é definida pela escala de magnitude Richter. Fala-se normalmente que essa escala vai de zero a nove, entretanto, ela não tem limites inferior ou superior, pois os valores da escala são relativos a um padrão. O fato é que nunca houve nenhum terremoto, registrado, cuja magnitude tenha ultrapassado o valor nove nessa escala, mas nada impede que haja um. Em termos de energia liberada, um sismo com magnitude sete, por exemplo, na Escala Richter significa até mais de dez vezes de energia a mais do que outro sismo de magnitude seis.

O que um terremoto provoca na superfície da Terra, tal como, tremor sentido pelas pessoas, rachaduras nas paredes ou no solo, desabamentos de edificações, etc., pode ser medido como sua intensidade , na escala denominada Mercalli Modificada, que varia de I a XII graus. Desta forma, intensidade I significa que ninguém sentiu o tremor ou, em condições especiais, animais ficam inquietos e o terremoto é classificado de intensidade XII quando provoca danos totais, com grandes rachaduras no solo, desabamentos e mortes.

Terremotos : por que e onde ocorrem ?

Os eventos sísmicos podem ser fenômenos naturais, que independem da ação do homem. Podem também ser provocados pelas atividades humanas, que alteram ou modificam a natureza. Para falar desses fenômenos, naturais ou induzidos, é interessante saber por que e onde eles ocorrem.

A Terra é uma "bola", um pouco achatada nos seus pólos, formada por camadas de rochas de variadas espessuras e tem quase 13.000 km de diâmetro. A "casca" da Terra ou sua camada sólida mais externa, conhecida como litosfera (2) terrestre, é quebrada em várias partes, como a casca trincada de um ovo cozido. Ou ainda, é como a capa de uma bola de futebol que é formada de várias partes costuradas, com a diferença de que na bola esses pedaços têm tamanhos iguais. Na litosfera terrestre essas partes têm tamanhos variados e são chamadas de placas litosféricas.
Essas placas sólidas, com espessura média de 100 km , movimentam-se umas em relação às outras, em conseqüência da movimentação térmica do magma abaixo delas.


Por que ocorre a movimentação térmica abaixo das placas litosféricas? Sendo a Terra um corpo quente, com temperatura provavelmente acima de 5.000 °C no seu núcleo, o calor flui do seu interior para a superfície (3) . Desta forma, o magma, que é essencialmente rocha fundida e está localizado imediatamente abaixo da litosfera, apresenta movimentos ascendentes e descendentes, em função da diferença de temperatura entre a base e o topo dessa camada (4) .

Esses movimentos ascendentes e descendentes, formando círculos de convecção térmica, também ocorrem na água dentro de uma caneca sobre o fogo: a parte inferior recebe o calor primeiro, fica agitada com o aumento da temperatura e sobe, empurrando a água mais fria para baixo. Os movimentos circulares de sobe e desce funcionam como se fossem 'rodinhas'. Imagine a fileira de rodinhas que ficam sob uma esteira ou escada rolantes. Quando as rodinhas giram para a direita, a esteira movimenta-se para a direita e quando elas giram para a esquerda, a esteira vai para a esquerda. Portanto, quem faz o papel das rodinhas que movimentam as placas litosféricas são os processos convectivos dentro do magma. A velocidade relativa das placas varia de cerca de dois a dezessete centímetros ao ano. Parece pouco? Então imagine esse movimento durante milhões e milhões de anos.

A movimentação dessas placas é importante porque tem provocado a modificação completa da superfície física da Terra há milhões de anos. Tem mudado a posição relativa dos continentes (5) e é responsável pela ocorrência dos terremotos e vulcões, até fazendo surgir ou desaparecer ilhas. Aliás, foi através do mapeamento dos pontos da superfície onde ocorrem os terremotos (6) e vulcões é que foi possível definir as bordas das placas litosféricas.

As bordas dessas placas são os locais onde ocorre a maioria dos terremotos e vulcões. Assim, as ilhas que formam o Japão e as Filipinas, ou a costa leste das Américas, por exemplo, estão localizadas em regiões de bordas de placas, o que explica a ocorrência freqüente de terremotos e erupções vulcânicas nesses locais. Explica também porque não temos no Brasil, localizado na parte central da Placa Sul Americana, muitos desses fenômenos naturais chamados tectônicos (7) .

A cordilheira dos Andes delimita a borda oeste da Placa Sul Americana enquanto a sua borda leste situa-se ao longo da parte central do Oceano Atlântico, onde também existe uma cordilheira no fundo do mar, formada pelo afastamento das placas Sul Americana e Africana. Quando essas placas se afastam, rochas derretidas são expelidas do interior da Terra, como as erupções vulcânicas. Sendo as águas no fundo do mar muito frias, resfriam rapidamente essa lava, que se solidifica e forma novo assoalho oceânico.

O afastamento de placas litosféricas, e a formação de nova "casca" da Terra, é contrabalanceado pela colisão de placas e "desaparecimento" de parte da velha "casca". Por isso que é que a "Bola Terra" não tem aumentado de tamanho. Um exemplo onde placas estão colidindo é a costa oeste da América do Sul. Essa colisão entre a placa sul americana e a oceânica, denominada Placa de Nazca, provoca uma compressão que tem determinado o "enrugamento" da placa continental com a formação da Cordilheira dos Andes e também um "mergulho" de parte da placa oceânica por baixo da continental.

Desta forma, o efeito dos movimentos convectivos ou dos círculos de convecção térmica no material magmático é tal que partes ascendentes do movimento de dois círculos vizinhos provocam o afastamento de placas. Por outro lado, partes convectivas descendentes provocam a colisão das placas.

Na figura, Estrutura da Terra e a tectônica das placas, é possível visualizar os efeitos do movimento litosférico e do material magmático subjacente: afastamento dos continentes, formação de assoalho oceânico, mergulho de uma placa sob outra, formação de montanhas continentais e submarinas, formação de ilhas, etc.. Toda essa movimentação provoca a ocorrência de terremotos e maremotos, onde as rochas estão sólidas, e as erupções vulcânicas, tanto continentais quanto as oceânicas.



MAREMOTOS: terremotos no mar

Maremotos são terremotos ocorridos nas placas litosféricas sob o mar, as chamadas placas oceânicas. Portanto, o epicentro de um maremoto fica localizado no mar. Teoricamente ele não provocaria vítimas como um terremoto que ocorre na placa continental e cujo epicentro localiza-se em região populosa.

Contudo, o grande problema do maremoto é que ele gera os tsunamis ou ondas gigantescas, que podem atingir até mais de 20 metros de altura. Essas ondas começam sobre a falha que provocou o maremoto e são geradas por um deslocamento de água, que nem é tão grande na região epicentral do sismo. Em alto mar essas ondas viajam com grande velocidade, mas com amplitude pequena e comprimento de onda de centenas de metros (8) , o que faria, portanto, um barco apenas oscilar. Entretanto, ao atingir regiões costeiras, onde a profundidade do mar é pequena, a velocidade das ondas diminui e a sua energia fica então acumulada em uma extensão menor de água, provocando aumento na altura da onda e transporte de quantidades incríveis de água para dentro do continente ou ilha.

Tsunamis podem também ser gerados por explosões vulcânicas, como o que foi provocado pelo vulcão Krakatoa na Indonésia em 1883 e que atingiu 40 m de altura, prejudicando grandes extensões costeiras circunvizinhas. Contudo, não são apenas as regiões próximas do maremoto é que podem sofrer com os tsunamis. Em 1960, um terremoto ocorrido na costa do Chile provocou um tsunami que alcançou o Japão. Isto é possível porque a velocidade de um tsunami em alto mar é comparável à de um avião.

No Brasil não ocorrem grandes terremotos nem maremotos ou erupções vulcânicas. Será porque Deus é Brasileiro?

Como foi dito anteriormente, terremotos, maremotos e vulcões ocorrem com mais freqüência nas bordas das placas litosféricas. Entretanto, sismos em menor número e variadas magnitudes também podem ocorrer no centro de uma placa. Deste modo, no Brasil, situado no centro da placa Sul Americana, os sismos não são de magnitude e intensidade elevadas e nem tampouco tão freqüentes como na região das bordas de placas. Contudo, atualmente não se pode dizer que o nível de atividade sísmica no território brasileiro seja desprezível. O aumento de estações sismográficas tem permitido registrar muitos tremores de terra, percebidos ou não pelas pessoas. Têm ocorrido no Brasil sismos naturais e também os chamados induzidos.

A distribuição de estações sismográficas no País ainda não é uniforme, mas a atividade sísmica registrada no território brasileiro tem sido significativa, destacando-se a sismicidade (9) da região Nordeste, com a seqüência de sismos de João Câmara no Rio Grande do Norte que se tornou mais intensa em 1986, os ocorridos em Palhano no Ceará e as dezenas de pequenos tremores no Estado de Pernambuco, ocorridos em julho de 2002. A região Sudeste também tem apresentado um nível significativo de sismicidade, inclusive com alguns dos maiores sismos já ocorridos no Brasil, como o de Mogi Guaçu no Estado de São Paulo em janeiro de 1922, com magnitude 5,2 e o sismo na plataforma continental do Espírito Santo em fevereiro de 1955, com magnitude 6,3.

Apesar do homem não conseguir evitar os terremotos, sua interferência na natureza já provocou a ocorrência de sismos. De acordo com a literatura no assunto, têm sido induzidos sismos pelas seguintes atividades humanas: injeção sob pressão de fluidos na rocha, enchimento de lagos artificiais em usinas hidrelétricas, explosões nucleares, atividades de extração de óleo, escavações de minas de carvão. No Brasil, têm havido também casos de indução de abalos sísmicos pela perfuração e exploração de poços profundos para água subterrânea.
Contudo, felizmente, mesmo ocorrendo tremores de terra naturais e os também provocados pela ação do homem na natureza, no Brasil, de fato, não há vulcões, furacões e nunca houve grandes danos por terremotos.

Assistindo pela televisão os danos provocados pela fúria dos tsunamis, conseqüentes do maremoto ocorrido no Oceano Índico nesta semana, e que atingiram vários países, podemos até acreditar que Deus seja mesmo Brasileiro!

1) Ondas elásticas são ondas que se propagam em meio deformável ou elástico. Esse meio pode ser um sólido como a rocha ou um fluído como a água e o ar. Com a passagem da onda, a água, por exemplo, sofre uma oscilação para cima e para baixo ou para frente e para trás em torno de uma posição de equilíbrio, sem, contudo, ser arrastada pela onda.

2) Litosfera: esfera de pedra, pois lito = pedra ou rocha. A litosfera é uma camada de rocha sólida, de cerca de 100 km de espessura.

3) Pelas Leis da Termodinâmica, o calor flui de uma parte onde a temperatura é maior para outra onde a temperatura é menor. Por isso é que usamos casaco quando a temperatura ambiente está baixa, para não perdermos o calor do nosso corpo.

4) Esses movimentos da rocha fundida que carregam o calor, caracterizam o modo de transferência de calor chamado convecção térmica . Outro modo é o da condução , onde nenhuma massa é transportada com a transferência de calor, por exemplo, quando esquentamos a nossa mão fria mantendo-a em contato com uma outra mão ou superfície mais quente.

5) A deriva continental, que separou, por exemplo, os continentes africano e sul americano, teve início há cerca de 150 milhões de anos.

6) A região onde ocorre a liberação de energia sísmica, ou a falha na rocha, é chamada de região focal ou foco sísmico. O ponto diretamente acima do foco, na superfície da Terra, é chamado de epicentro.

7) Tectônica em grego quer dizer arte de construir. Toda a dinâmica das placas litosféricas é chamada de Tectônica de placas.

8) Comprimento de onda é a distância entre dois picos ou duas depressões consecutivas das ondas. Desta forma, um movimento ondulatório que apresenta grande comprimento de onda é dito de baixa freqüência. Do contrário, se o comprimento de onda for pequeno o movimento é dito de alta freqüência. Amplitude da onda é a altura da crista da onda.

9) Sismicidade refere-se à freqüência e intensidade dos sismos em um ponto geográfico.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Sociedade Brasileira de Geologia lança livro “Icnologia” nesta sexta-feira

JC e-mail 3465, de 07 de Março de 2008

O volume, parte da Série de Textos Básicos em Geociências, objetiva difundir as Ciências da Terra no país A Sociedade Brasileira de Geologia lança o livro "Icnologia", nesta sexta-feira, no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Auditório Roxinho).

O livro, constitui a publicação mais recente da Série Textos Básicos em Geociências da Sociedade Brasileira de Geologia, tendo como editores Ismar de Souza Carvalho e Antonio Carlos Sequeira Fernandes, é subdividido em 15 capítulos onde são abordados conceitos gerais acerca dos icnofósseis, os métodos de estudo em icnologia, a aplicação na estratigrafia de alta resolução, a diversidade dos icnofósseis através do tempo geológico, nos diferentes ambientes deposicionais, e aspectos da paleofisiologia e bioerosão. Há também um capítulo dedicado à reflexão sobre a importância dos icnofósseis para a cultura e o imaginário popular.

Redigido por especialistas em estudos icnológicos - Ana Paula Oliveira de Aguiar, Antonio Carlos Sequeira Fernandes, Carmem Lúcia Martini da Rosa, Cláudia Maria Magalhães Ribeiro, Daniela Blazutti, Egberto Pereira, Fátima Andréia de Freitas-Brazil, Hilda Leonor Cuevas de Azevedo-Soares, Ismar de Souza Carvalho, Jorge Ferigolo, Marcelo Adorna Fernandes, Marco Aurélio Vicalvi, Maria Célia Elias Senra, Mariano Verde, Mitsuru Arai, Paulo Roberto de Figueiredo Souto, Rafael Costa da Silva, Renata Guimarães Netto, Sara Nascimento e Sonia Agostinho - a proposta do livro é possibilitar que os conceitos e informações advindos dos icnofósseis possam ter amplo emprego na interpretação geológica e paleontológica, viabilizando a reconstrução dos antigos ambientes de sedimentação e dos aspectos comportamentais dos organismos.Os interessados em adquirir esse livro podem solicitá-lo junto a Secretaria da Sociedade.

Informações no site: http://www.sbgeo.org.br/

Informações Erradas

(Os especialistas explicam que esses abalos sísmicos são típicos dessa região do Nordeste, por conta da acomodação das placas terrestres. )

( A crosta frágil faz a terra tremer)

Essa informção publicada no G1 e anunciada no TV não é verdade.
Acomodação das placas terrestres é uma barbaridade!!!
Pois as placas tectônicas sempre estão se acomodando e a crosta é frágil como todo.

A empressa deveria procurar especialista de verdade

Prof. Joaquim Ferreira - UFRN - (É maior especilista do Sismos NE)
Prof. Marcelo Assumpção - IAG/USP - (Melhor sismólogo brasileiro com diversos trabalhos internacionais)
Prof. José Eduardo Soares - LabLitos-UnB (Assim como eu jovem pesquisador)

A minha explicação! (http://www.opovo.com.br/opovo/ceara/769780.html) Veja que não está fechada!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Placas Tectônicas - Idades da Crosta Oceânicas


Decifrar a terra. Vc entende esse mapa?
Fonte: Modificações realizadas por Luis Domingos

tremor em Aquidauana-MS e Monte Azul-SP

Em Aquidauana, eu ainda não posso falar sobre esse tremor. A USP tem uma estação (eu acho) nas proximidades da cidade.

Em Monte Azul, próximo a Andes, podemos inicialmente informar que essa atividade pode ter causa semelhante. Veja o Video do G1

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Tremor causa medo nos moradores de Aquidauana

Moradores de Aquidauana estão assustados com o “tremor” de terra que provocou profundas rachaduras nos terrenos, pisos e paredes de diversas casas localizadas nos bairros Alto, Serraria e Eliane. A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi requisitada pela Prefeitura e Câmara de Vereadores para pesquisar o fenômeno ocorrido no mês de janeiro.

A professora e doutora na área de Geociências, Edna Facinican, deve apresentar laudo técnico à Defesa Civil do Município apontando as causas dos estragos. Porém, ela não definiu a data que pretende entregá-lo, mas garantiu que todo empenho tem sido feito para concluí-lo em breve. O coordenador da Defesa Civil Rui de Albuquerque esteve, após o período de chuvas, visitando os bairros e as casas afetas pelo fenômeno para avaliar a dimensão das rachaduras que provocaram destruição e também prejuízos aos moradores.

Ele explicou que a meta do órgão consiste em buscar recursos a fim de auxiliar as famílias que não têm condições de reformar as casas, mas as medidas só serão tomadas após o encaminhamento pela UFMS do laudo técnico que apontará as causas do tremor.
“Algumas pessoas tiveram de mudar de suas casas com medo do teto desabar. Havia rachadura que chegava a oito centímetros de profundidade”, contou Albuquerque, que acompanhou de perto o drama das famílias nos bairros. Em sua opinião os estragos não foram causados pelo comprometimento da estrutura física das residências mau conservadas, já que o fenômeno atingiu também moradias recém construídas e bem alicerçadas.

O coordenador garantiu que mora em Aquidauana há mais de 40 anos e nunca testemunhou um fenômeno dessa natureza. Alguns moradores entrevistados nas rádios da cidade, disseram que ouviram barulho, estalos e tremor, como declarou a senhora Tereza Souza Campos, residente à Rua Hélio Galan Fernandes, bairro da Serraria.“É tremor, nunca houve isso nos 45 anos que moro nesta cidade. Meu filho, minha nora e meu neto tiveram de sair de casa com receio de surgir novo abalo. A parede da casa dele rachou desde o piso até o teto”, comentou Tereza, apreensiva, acrescentando que o seu vizinho – um policial militar teve o banheiro de sua residência “engolido” por uma cratera a ponto de provocar pânico na família.

A senhora Idalina Rodrigues Sorrilha, residente à Rua Teodoro Cáfaro esquina com a Avenida Pantaneta, no bairro Alto, afirmou que nessa localidade possui acoplados um imóvel residencial e outro comercial alugados. “A minha inquilina ameaçou entregar a casa, que sofreu rachaduras no piso, na parede de dois quartos e na varanda. Reformei todos os locais afetados há 15 dias. Estou assustada com tudo isso”, disse a moradora que mora no bairro há 20 anos.

Dalva Teixeira Moraes, que mora numa casa de aluguel há um ano, na Rua Francisco Dias Feitosa, Vila Eliane, contou que sua casa é nova e que se assustou na manhã seguinte com uma enorme rachadura na frente da residência. “Eu e meu esposo ouvimos um baralho e chegamos a imaginar que o que provocou a rachadura na parede fosse infiltração d’água debaixo da casa”, finalizou

Fonte:Difusora

Técnicos da USP chegam a Monte Azul para investigar tremor de terra

Moradores de cinco propriedades da zona rural sentiram abalos em quatro dias.Fenômeno pode ser provocado por acomodação do terreno, composto de arenito.

Especialistas em sismologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) chegaram na quarta-feira (4) à zona rural de Monte Azul Paulista, a 389 km de São Paulo, onde moradores afirmam ter sentido tremores de terra durante quatro dias seguidos.

O Departamento de Geofísica da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, foi avisado sobre a ocorrência dos tremores pela Prefeitura de Monte Azul. Moradores de cinco propriedades disseram ter ouvido um barulho e sentido a terra tremer, com intensidades diferentes. Não há registros de vítimas ou de prejuízos materiais.

O pesquisador chegou carregado de equipamentos e visitou três fazendas onde os tremores foram sentidos na semana passada. Os moradores foram entrevistados. A conversa é um processo importante no processo de investigação. Os depoimentos ajudam os pesquisadores a descobrir o centro dos tremores.

Há um ano, técnicos instalaram sismógrafos em Andes, distrito de Bebedouro,a 381 km de São Paulo, para o estudo de possíveis abalos sísmicos. A pesquisa ainda não foi concluída.
O diretor do Departamento de Água de Bebedouro, Suhail Ismael, acompanha de perto os trabalhos. De acordo com ele, o tremor na zona rural de Monte Azul pode ser resultado de uma acomodação de terra, uma vez que o solo da região é composto de arenito.

Em Monte Azul Paulista, um sismógrafo digital deve ser instalado esta semana para descobrir novas ocorrências. O pesquisador José Roberto Barboza, que está na cidade, é o mesmo que investiga os tremores de Andes. "A origem dos tremores pode ser natural ou artificial. Só com tempo, se os tremores voltarem, e forem registrados, aí vai ser identificado o tipo de atividade, o tipo de fenômeno", afirmou o estudioso.
fonte:G1

sábado, 1 de março de 2008

Pessoal de Alcântaras e Sobral.

Estou essa semana no campo em Tocatins para instalar estações para minha pesquisa. Só retornarei no dia 07/03.

Deixo o registro(sismograma) da estação BDFB de Brasília de 29/02/2008(com dois eventos )

Somente a componente Vertical


E do dia 16/02 (registro nas três componentes) Horário GMT

Seismic Monitor - IRIS

Analytics com meu código